segunda-feira, 4 de abril de 2011

Barba sobre o teatro.


" O teatro não é uma ciência exata, um território onde se podem alcançar certos resultados objetivos, transmiti-los e desenvolvê-los. Os resultados e as soluções são encontrados pelos atores e morrem com eles. Porém, os espectadores percebem como sinais objetivos as ações articuladas do ator, que por outro lado, são o resultado de um trabalho subjetivo. Como pode fazer o ator para ser a matriz dessas ações, e, ao mesmo tempo estruturá-las em sinais objetivos cuja origem se encontra em sua subjetividade? Esta é a verdadeira essência da expressão do ator e de sua metodologia. É impossível descobrir a fórmula, o material, os instrumentos que poderiam dar uma resposta definitiva a essa pergunta (Barba, 1991, p.32).

Ferracini, Renato. A arte de não interpretar como poesia corpórea do ator/ Renato Ferracini. Campinas, SP. Editora da Unicamp, 2003. Página 248.

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