sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Menino Jesus Cristo/ Alberto Caeiro


VIII -
Num Meio-Dia de Fim de Primavera
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.
Tinha fugido do céu.
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu era tudo falso, tudo em desacordo
com flores e árvores e pedras.
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem
E subir para a cruz, e estar sempre a morrer
Com uma coroa toda à roda de espinhos
E os pés espetados por um prego com cabeça,
E até com um trapo à roda da cintura
Como os pretos nas ilustrações.
Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças.
O seu pai era duas pessoas
Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque não era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.
Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe,
E nunca tivera pai para amar com respeito,
Pregasse a bondade e a justiça!
Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.
Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz
E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o sol
E desceu pelo primeiro raio que apanhou.
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras aos burros,
Rouba a fruta dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E que toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas pelas estradas
Que vão em ranchos pela estradas
com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias.
A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as cousas.
Aponta-me todas as cousas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão
E olha devagar para elas.
Diz-me muito mal de Deus.
Diz que ele é um velho estúpido e doente,
Sempre a escarrar no chão
E a dizer indecências.
A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia.
E o Espírito Santo coça-se com o bico
E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.
Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.
Diz-me que Deus não percebe nada
Das coisas que criou ?
"Se é que ele as criou, do que duvido" ?
"Ele diz, por exemplo, que os seres cantam a sua glória,
Mas os seres não cantam nada.
Se cantassem seriam cantores.
Os seres existem e mais nada,
E por isso se chamam seres."
E depois, cansados de dizer mal de Deus,
O Menino Jesus adormece nos meus braços
e eu levo-o ao colo para casa.
.............................................................................
Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é o humanoque é natural,
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.
E a criança tão humana que é divina
É esta minha quotidiana vida de poeta,
E é porque ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre,
E que o meu mínimo olhar
Me enche de sensação,
E o mais pequeno som, seja do que for,
Parece falar comigo.
A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E a outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é o de saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena.
A Criança Eterna acompanha-me sempre.
A direção do meu olhar é o seu dedo apontando.
O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.
Damo-nos tão bem um com o outro
Na companhia de tudo
Que nunca pensamos um no outro,
Mas vivemos juntos e dois
Com um acordo íntimo
Como a mão direita e a esquerda.
Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas
No degrau da porta de casa,
Graves como convém a um deus e a um poeta,
E como se cada pedra
Fosse todo um universo
E fosse por isso um grande perigo para ela
Deixá-la cair no chão.
Depois eu conto-lhe histórias das cousas só dos homens
E ele sorri, porque tudo é incrível.
Ri dos reis e dos que não são reis,
E tem pena de ouvir falar das guerras,
E dos comércios, e dos navios
Que ficam fumo no ar dos altos-mares.
Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade
Que uma flor tem ao florescer
E que anda com a luz do sol
A variar os montes e os vales,
E a fazer doer nos olhos os muros caiados.
Depois ele adormece e eu deito-o.
Levo-o ao colo para dentro de casa
E deito-o, despindo-o lentamente
E como seguindo um ritual muito limpo
E todo materno até ele estar nu.
Ele dorme dentro da minha alma
E às vezes acorda de noite
E brinca com os meus sonhos.
Vira uns de pernas para o ar,
Põe uns em cima dos outros
E bate as palmas sozinho
Sorrindo para o meu sono.
......................................................................
Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é.
.....................................................................
Esta é a história do meu Menino Jesus.
Por que razão que se perceba
Não há de ser ela mais verdadeira
Que tudo quanto os filósofos pensam
E tudo quanto as religiões ensinam?

Fernando Pessoa

Alberto Caeiro/O Guardador de Rebanhos


V

Há metafísica bastante em não pensar em nada.

O que penso eu do mundo?
Sei lá o que penso do mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso

Que ideia tenho eu das cousas?
Que opinião tenho sobre Deus e a alma
E sobre a criação do mundo?
Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos
E não pensar. É correr as cortinas
Da minha janela (mas ela não tem cortinas).

O mistério das cousas? Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.
Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o sol
E a pensar muitas cousas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa.

Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores?
A de serem verdes e copadas e de terem ramos
E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar,
A nós, que não sabemos dar por elas.
Mas que melhor metafísica que a delas,
Que é a de não saber para que vivem
Nem saber que o não sabem?

"Constituição íntima das cousas"...
"Sentido íntimo do universo"...
tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada.
É incrível que se possa pensar em cousas dessas.
É como pensar em razões e fins
Quando o começo da manhã está raiando, e pelos lados das árvores
Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão.

Pensar no sentido íntimo das cousas
É acrescentado, é como pensar na saúde
Ou levar um copo à água das fontes.

O único sentido íntimo das cousas
É elas não terem sentido íntimo nenhum.

Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, Aqui estou!

(Isto é talvez ridículo aos ouvidos
De quem, por não saber o que é olhar para as cousas,
Não compreende quem fala delas
Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)

Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.
Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.

E por isso eu obedeço-lhe,
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?),
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda a hora.

Fernando Pessoa

Poemas completos de Alberto Caeiro/O Guardados de Rebanhos


II

O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo comigo
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do mundo...
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo.

Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...

Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar...


Fernando Pessoa

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Por Fernando Pessoa


"Dividiu Aristóteles a poesia em lírica, elegíaca, épica e dramática. Como todas as classificações bem pensadas, é útil e clara; como todas as classificações, é falsa. Os gêneros não se separam com tanta facilidade íntima e, se analisarmos bem aquilo de que se compõem, verificaremos que da poesia lírica à dramática há uma graduação contínua. Com efeito, e indo às mesmas origens da poesia dramática-Ésquilo por exemplo-, será mais certo dizer que encontramos poesia lírica posta na boca de diversos personagens.
O primeiro grau da poesia lírica é aquele em que o poeta, concentrado no seu sentimento, exprime esse sentimento.Se ele, porém, for uma criatura de sentimentos variáveis e vários, exprimirá como que uma multiplicidade de personagens, unificadas somente pelo temperamento e o estilo.[...]Dê-se o passo final, e teremos um poeta que seja vários poetas, um poeta dramático escrevendo em poesia lírica. Cada grupo de estados de uma alma mais aproximados insensivelmete se tornará uma personagem, com estilo próprio, com sentimentos porventura diferentes, até opostos, aos típicos do poeta na sua pessoa viva.E assim se terá levado a poesia lírica-ou qualquer forma literária análoga em sua substância à poesia lírica-até à poesia dramática, sem todavia se lhe dar a forma de drama, nem explícita nem implicitamente.
Suponhamos que um supremo despersonalizado, como Sheakspeare, em vez de criar o personagem de Hamlet como parte de um drama, o criava como simples personagem, sem drama.Teria escrito, por assim dizer, um drama de uma só personagem, um monólogo prolongado e analítico. Não seria legítimo ir buscar a esse personagem uma definição dos sentimentos e dos pensamentos de Sheakspeare, porque o mau dramaturgo é o que se revela.
Por qualquer motivo temperamental que me não proponho analisar, nem importa que analise, construí dentro de mim, personagens essas a que atribuí poemas vários que não são como eu, nos meus sentimentos e idéias, os escreveria.
[...]
Parece escusado explicar uma coisa de si tão simples e intuitivamente compreensível.Sucede, porém, que a estupidez humana é grande, e a bondade humana não é notável."
Fernando Pessoa em Poemas Completos de Alberto Caeiro -Ficções do Interlúdio/1 -página13.

Fernando Pessoa, explicando o porque de seus heterônimos, faz uma viagem e tanto dentro de sua vida pessoal ao início de sua Ficções do Interlúdio, mostrando de onde surgem tantos eus-Ferando Pessoa, e outros que não vêm de Fernando Pessoa, mas surgem de algum sentimento que ele não sentiu mas que a vida poderia o feito sentir,mesmo dizendo que tudo isso é inútil.Ainda não li seus poemas dramáticos-líricos mas achei ousado ele se comparar a Sheakspeare.Bom, vale a pena ler essa explicação dele:nos faz despertar nosso eu-psicólogo, pra tentar entender como ele se transforma em tantos e constrói tantos.Começando por aquela história de criança, de amigos imaginários.

"...e a inclinação com que se aproximou das doutrinas esotéricas que o levaram a tocar muito de perto a iniciação ocultista, em si, de fenômenos-embora simples- de mediunidade."-pg.19

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Você se importa?


Você se importa com os livros?
Você compra livros?
Você guarda livros?

Você os lê?
Você os constrói?
Você os destrói?

Você pouco absorve
e destrói tudo
que não interessa

a seu eu-lírico
E ele existe
e não se apaga

Você é quem constrói o livro
Você o faz

Mas faça-o.


Camila Vaz

Sou...


"Sou apenas o sorriso
na face de um homem calado"

América-A rosa do povo
Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Pratododia


Pratododia
O Teatro Mágico
Composição: Danilo Souza

Como arroz e feijão,
é feita de grão em grão
Nossa felicidade

Como arroz e feijão
A perfeita combinação
Soma de duas metades

Como feijão e arroz
que só se encontram depois de abandonar a embalagem
Mas como entender que os dois
Por serem feijão e arroz
Se encontram só de passagem

Me jogo da panela
Pra nela eu me perder
Me sirvo a vontade, que vontade de te ver

O dia do prato chegou é quando eu encontro você
Nem me lembro o que foi diferente!
Mas assim como veio acabou e quando eu penso em você
Choro café e você chora leite

Choro café e você chora leite

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Apenas apreço.


"Sempre gostei das pessoa aparecidas,claro!Mas com moderação.

Nunca tive apreço por aqueles que falam alto em exagero
Mas sim por aqueles que usam de expressão corporal em exagero."

Camila Vaz.

domingo, 24 de agosto de 2008

Porquinho-da-Índia



Quando eu tinha 6 anos
Ganhei um porquinho-da-Índia.
Que dor de coração me dava
Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
Levava ele pra sala
Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos
Ele não se importava:
Queria estar debaixo do fogão.
Não fazia caso nenhum as minhas ternurinhas...

-O meu porquinho-da-Índia foi a minha primeira namorada.


Manuel Bandeira

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Hoje mesmo


Hoje Mesmo
Nando Reis
Composição: Nando Reis

O jeito que você arruma seu cabelo procurando aquele efeito que o mundo não quer reparar
- Revela tanto!
E o tempo que demora para decidir se aquilo que está ouvindo é convincente para poder concordar
- E me deixa esperando.
Eu posso esperar

Assim que eu entro já no cumprimento eu reconheço as múltiplas perguntas que na ausência entram em meu lugar
Seus olhos fitam com medo.
A única certeza que eu tenho é absurda pois a dúvida sustento porque não me mudar
Pro seu apartamento
Hoje mesmo

Hoje eu vou sair por aí anunciando que o Sol não vai mais se deitar
As plantas gostam de chuva mas por você nem mesmo as nuvens teriam razão de haver em nenhum lugar
NãoÂ…
NãoÂ…

Se um gênio perguntasse quais seriam os meus três desejos o primeiro: pediria ao tempo voltar pra trás:
- pra te ver aos dezesseis anos
Não há idéia que alcance ou seja parecida com a imagem da menina esguia, a bolsa a tiracolo
- e as pedras só pesando
Pois ela nunca irá jogá-las!

O seguinte, segundo desejo, emoldurar no céu o seu sorriso que eupensei que nunca mais pudesse reencontrar
O filho é que cria a mãe

E o último, complexo, honesto e genuíno, amar sem precisar da dor, querer também sem magoar
Tocar seu corpo
Hoje mesmo.

A arte de ator



Recebi este texto da professora Silvana Stein(Grupo Galpão Cine Horto-BH) da oficina de voz-o corpo e a palavra no teatro-Estudo da voz para o teatro,no ano passado.Retirado da Revista do Lume:

A Arte de Ator

Luis Otávio Burnier Lume

Yan,alma para os índios.Estaria ela perdida,esquecida, ou em simples e imperceptível transformação?Uma transformação que por não ser muito percebida,vem a ser perigosa. Como lutar contra o que sequer percebemos,contra o que não se sabe? Será possível ter consciência daquilo que não se percebe?
A arte trabalha antes de mais nada com a percepção.Seu poder principal não está em o quê quer dizer,mas no como. Quando atinge sua percepção,é que ela revoluciona. E no inconsciente que encontramos nossa particularidade, nossa indibidualidade, mas também os elos que nos atam uns aos outros.É a arte quando logra atingir nosso inconsciente, nossa percepção profunda, vasculha um universo equiparável ao dos sonhos, dos pesadelos, como desejou Artaud.
Mas para atingir este universo interior, subjetivo, perceptivo, a arte precisa fazer uso de instrumentos materiais objetivos. Com freqüencia se diz que o instrumento de trabalho do ator é o seu corpo. Não podemos transformar um defunto em ator. O corpo não é algo, e nossa pesoa algo distinto. O corpo é a pessoa. A alma o anima,mas sem ele não seríamos pessoas, mas anjos. Tampouco é o corpo vivo o instrumento de trabalho do ator. A arte é algo que está em vida, ou seja, algo que irradia uma vibração, uma presença. É o corpo-em-vida,como prefere Eugênio Barba, o instrumento do ator. Existem no entanto .Como nota o próprio Barba, pelo menos duas dimensões deste corpo-em-vida: a dimensão física e mecânica e a dimensão interior. As duas formam uma unidade. Esta unidade, no âmbito do trabalho do ator nem sempre é ou pode ser trabalhada como tal. Ela deve ser vista não como um ponto de partida:mas como ponto de chegada. Pode-se, e é às vezes necessário, trabalhar estas dimensões separadamente.
No entanto,não se pode perder de vista a unidade. Trabalhar tão somente a dimensão física e mecânica seria formar jovens belos e fortes, mas não necessariamente atores: trabalhar apenas a dimensão interior poderia ser terapêutico, mas tampouco formaria atores. Uma não existe sem a outra, mesmo que o enfoque possa estar momentaneamente centrado em uma ou outra destas duas dimensões. A imagem usada por Artaud é novamente bem vinda: atletas afetivos.
Se o corpo não é tão somente corpo, mas corpo-em-vida, então ele é o canal por meio do qual o ator entra em contato com aspectos distintos de ser ser gravado em sua memória. O corpo não tem memória, ele é memória, como disse Grotowski. Trabalhar um ator é, sobretudo e antes de mais nada, preparar seu corpo não para que ele diga, mas para que ele permita dizer. Não mostrar o que ele é, mas revelar o que, por meio dele , se descobre ser. Ser artista é antes de mais nada se predispor a revelar . A revelação pede generosidade e coragem. Uma máscara pode mesquinha e covardemente esconder ou revelar, dilatando o que não se vê. Depende de como ela é usada. Um corpo também. Podemos nos esconder atrás de nosso corpo, de maneira a deixá-lo belo, e isto não ser senão uma forma de escamotear o que temos medo de ser ou demonstrar. Ou, ao contrário, por meio do corpo podemos revelar o que somos e sentimos. O artista descobre por meio de sua arte o sentido de suas coisas. Ele não diz o sentido,nos permite descobrir um sentido. E paradoxalmente, este sentido não está em outro lugar se não em nós mesmos. O artista e sua arte abrem, portanto, caminhos que nos permitem entrar em contato com nossa própria percepção profunda, com algo que existe em nós e está adormecido, esquecido.A arte não é senão uma viagem para dentro de nós mesmos, um reatar contato com recantos secretos, esquecidos, com a memória.
A busca do ator, assim como a de todo artista que quer algo mais do que um simples reconhecimento social e econômico, é a incontestável tentativa de reavivar a memória.A verdadeira técnica da arte do ator é aquela que consegue esculpir o corpo e as ações físicas no tempo e no espaço:acordando memórias, dinamizando energias potenciais humanas, tanto para o ator como para o espectador.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Da realidade


DA REALIDADE

O sumo bem só no ideal perdura...
Ah! quanta vez a vida nos revela
Que "a saudade da amada criatura"
É bem melhor do que a presença dela...

Mário Quintana

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Uma alegria para sempre


As coisas que não conseguem ser olvidadas
continuam acontecendo.
Sentimo-las como da primeira vez,
sentimo-las fora do tempo,
nesse mundo do sempre
onde as datas não datam.
Só no mundo do nunca existem lápides...
Que importa se - depois de tudo - tenha "ela" partido
ou que quer que te haja feito, em suma?
Tiveste uma parte da sua vida que foi só tua e, esta,
ela jamais a poderá passar de ti para ninguém.
Há bens inalienáveis, há certos momentos que,
ao contrário do que pensas,
fazem parte de tua vida presente
e não do teu passado.
E abrem-se no teu sorriso mesmo quando,
deslembrado deles,
estiveres sorrindo a outras coisas.
Ah, nem queiras saber o quanto deves à ingrata
criatura...
A thing of beauty is a joy for ever
-disse, há cento e muitos anos,
um poeta inglês que não conseguiu morrer.

Quem ama inventa


Quem ama inventa as coisas a que ama...
Talvez chegaste quando eu te sonhava.
Então de súbito acendeu-se a chama!
Era a brasa dormida que acordava...
E era um revôo sobre a ruinaria,
No ar atônito bimbalhavam sinos,
Tangidos por uns anjos peregrinos
Cujo dom é fazer ressurreições...
Um ritmo divino? Oh! Simplesmente
O palpitar de nossos corações
Batendo juntos e festivamente,
Ou sozinhos, num ritmo tristonho...
Ó! meu pobre, meu grande amor distante,
Nem sabes tu o bem que faz à gente
Haver sonhado... e ter vivido o sonho!

Amar:


Amar: Fechei os olhos para não te ver
e a minha boca para não dizer...
E dos meus olhos fechados desceram lágrimas que não enxuguei,
e da minha boca fechada nasceram sussurros
e palavras mudas que te dediquei...

O amor é quando a gente mora um no outro.

Diálogo bobo


- Abandonou-te?
- Pior ainda: esqueceu-me...

[Mario Quintana; Da preguiça como método de trabalho, 1987]

O eterno espanto


Que haverá com a lua que sempre que a gente a olha é com o súbito espanto da primeira vez?

[Mario Quintana; Da preguiça como método de trabalho, 1987]

Indivisíveis


O meu primeiro amor e eu sentávamos numa pedra
Que havia num terreno baldio entre as nossas casas.
Falávamos de coisas bobas,
Isto é, que a gente achava bobas
Como qualquer troca de confidências entre crianças de cinco anos.
Crianças...
Parecia que entre um e outro nem havia ainda separação de sexos
A não ser o azul imenso dos olhos dela,
Olhos que eu não encontrava em ninguém mais,
Nem no cachorro e no gato da casa,
Que tinham apenas a mesma fidelidade sem compromisso
E a mesma animal - ou celestial - inocência,
Porque o azul dos olhos dela tornava mais azul o céu:
Não, não importava as coisas bobas que diséssemos.
Éramos um desejo de estar perto, tão perto
Que não havia ali apenas duas encantadas criaturas
Mas um único amor sentado sobre uma tosca pedra,
Enquanto a gente grande passava, caçoava, ria-se, não sabia
Que eles levariam procurando uma coisa assim por toda a sua vida...

Poeminho do contra


Poeminho do contra

Todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho,
Eles passarão...
Eu passarinho!


[Mario Quintana, Prosa e Verso, 1978]

Canção para uma valsa nova


Canção para uma valsa nova


Minha vida não foi um romance...
Nunca tive até hoje um segredo.
Se me amas, não digas, que morro
De surpresa... de encanto... de medo...

Minha vida não foi um romance...
Minha vida passou por passar.
Se não amas, não finjas, que vivo
Esperando um amor para amar.

Minha vida não foi um romance...
Pobre vida... passou sem enredo...
Glória a ti que me enches a vida
De surpresa, de encanto, de medo!

Minha vida não foi um romance...
Ai de mim... Já se ia acabar!
Pobre vida que toda depende
De um sorriso... de um gesto... um olhar...


Mário Quintana

Amar é...


Carreto

Amar é mudar a alma de casa.

Mário Quintana

Canção de vidro


Canção de vidro


E nada vibrou...
Não se ouviu nada...
Nada...

Mas o cristal nunca mais deu o mesmo som.

Cala, amigo...
Cuidado, amiga...
Uma palavra só
Pode tudo perder para sempre...

E é tão puro o silêncio agora!

Mário Quintana

Que meigo!


DA FALSIDADE

Foi tudo falso, o que ela disse?
Fecha os olhos e crê: a mentira é tão linda!
Nem ela sabe que fingir meiguice
É o mais certo sinal de que te ama ainda...

Mário Quintana

Mário Quintana


A oferenda

Eu queria trazer-te uns versos muito lindos...
Trago-te estas mãos vazias
Que vão tomando a forma do teu seio.

domingo, 20 de julho de 2008

Passado sem culpa


Por Mário Quintana

Eu queria sair por aquela porta e conhecer alguém. Assim, sem precisar procurar no meio da multidão.
Alguém comum, sem destaques evidentes, sem cavalos brancos ou dentes perfeitos.
Alguém que soubesse se aproximar sem ser invasivo ou que não se esforçasse tanto para parecer interessante.
Alguém com quem eu pudesse conversar sobre filosofia, literatura, música, política ou simplesmente sobre o meu dia.
Alguém a quem eu não precisasse impressionar com discursos inteligentes ou com demonstrações de segurança e autoconfiança.
Alguém que me enxergasse sem idealizações e que me achasse atraente ao acordar, de camisa amassada e sem maquiagem.
Alguém que me levasse ao cinema e, depois de um filme sem graça, me roubasse boas gargalhadas.
Alguém de quem eu não quisesse fugir quando a intimidade derrubasse nossas máscaras. Eu queria não precisar usá-las e ainda assim não perder o mistério ou o encanto dos primeiros dias. Alguém que segurasse minha mão e tocasse meu coração. Que não me prendesse, não me limitasse, não me mudasse.
Alguém com quem eu pudesse aprender e ensinar sem vergonhas ou prepotências.
Alguém que me roubasse um beijo no meio de uma briga e me tirasse a razão sem que isso me ameaçasse. Que me dissesse como eu canto e que eu falo demais e que risse das vezes em que eu fosse desastrada.
Alguém que me olhasse nos olhos quando fala, sem me deixar intimidada. Que não depositasse em mim a responsabilidade exclusiva de fazê-lo feliz para com isso tentar isentar-se de culpa quando fracassasse.
Alguém de quem eu não precisasse, mas com quem eu quisesse estar sem motivo certo.
Alguém com qualidades e defeitos suportáveis. Que não fosse tão bonito e ainda assim eu não conseguisse olhar em outra direção.
Alguém educado, mas sem muitas frescuras. Engraçado e, ao mesmo tempo, levasse a vida a sério, mas não excessivamente.
Alguém que me encontrasse até quando eu tento desesperadamente me esconder do mundo. Eu queria sair por aquela porta e conhecer alguém imperfeito. “Feito para mim.”

PS:retirei de um blgo alheio!rsrs^^

sábado, 28 de junho de 2008

Auto-desenho



Não e não sou boa desenhista não.Mas adoro desenhar!rsrs.
Desenho melhor outras pessoas,ando empolgada com rostos.
Mas um dia eu consigo fazer direitinho...rsrs

Várias em uma?


"Hoje sei que não quero ser várias em uma,
mas sim UMA EM VÁRIAS.
De que me adianta ser uma publicitária que faz teatro,dança,toca bateria,gosta de Yoga...Se posso ser uma ATRIZ,e que pela arte de atuar trabalha com música(dançando e tocando),e medita para a montagem do corpo do ator e como uma reverência ao palco."

Camila Vaz

domingo, 8 de junho de 2008

Frase da Jessy...


Que serviu muito pra mim:

" Vai em frente sem parar...
que a parada é suicida, porque a vida é muito curta e a estrada é comprida.
Você sobe e você desce na escada da vida e às vezes parece que a batalha tá perdida e que você voltou pro ponto de partida.
Vai à luta, levanta, revida!
Vai em frente, não se rende, não se prende nesse medo de errar, que é errando que se aprende que o caminho até parece complicado e às vezes tão difícil que você se surpreende quando sente de repente que era tudo muito simples - vai em frente que você entende.
Boa sorte, firme e forte, vai com a força da mente.
Vai sabendo que não há nenhum peso que você não agüente.
Vai na marra, vai na garra, vai em frente.
E se agarra no seu sonho com unhas e dentes.
Pra saber o que é possível é preciso que se tente conseguir o impossível, então tente!
Sempre alimente a esperança de vencer.
Só duvide de quem duvida de você...
Ignora a energia negativa lá fora, porque dentro de você existe um poder bem maior do que você pensa.
Vai atrás da recompensa e se houver inveja e se ouvir ofensa você responde com a força do perdão.
E aumenta sua crença cada que vez ouvir um não, porque todo não esconde um sim.
Ainda é só o começo, vá até o fim.
Aprenda nos tropeços, não olhe pro chão.
Olhe pro céu.
Olhe pra vida sempre de cabeça erguida que no fim do túnel tem uma saída, mesmo quando você não consegue ver a luz.
Feche os olhos que uma força te conduz.
Vai em frente, vai seguro, faz um furo nesse muro que o escuro se esclarece.
Vai em frente, simplesmente vai em frente que o futuro é um presente que a vida te oferece...
Então respira fundo que a vitória tá no ar.
Vai indo, vai na tua, vai você.
Vai nessa, vai na boa, vai vencer.
Acredite no bem, que fazer o bem faz bem.
Faça o bem que faz acontecer.
Vai na fé, vai a pé, vai do jeito que der.
Vai até onde puder, vai atrás do que tu quer.
Vai andando, vai seguindo, vai pensando, vai sentindo, vai amando, vai sorrindo, vai cantando, vai curtindo, vai plantando e vai colhendo, vai lutando pela paz - vai dançando no ritmo que o tempo faz.
Vai de peito aberto.
Vai dar certo.
Confiante que o distante num instante fica perto.
Fica esperto, vai! Com a força de vontade.
Vai à vera, não espera a oportunidade.
Não aceita humilhação mas não perde a humildade.
E nunca abra a mão da sua dignidade..."



Vai em frente sem parar, por no mínino, esses meros metrinhos aí.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Numa eterna luta contra o tempo...


Eu realmente tô com consciência pesada.
Não tenho tempo nem para meus primos direito...Aline e Géssica me perdoem!
tá difícil!
O importante é que quando eu piro o cabeção e acho q vou endoidar...vem a Jéssica se fazer de minha psicóloga,Ana falando mil e uma bobeiras,Aline me matando de saudades,Caíque fazendo lutinha,e Tarsy,Maíra,Maíra saudades!É outra q nem tô vendo...
Ah, tem horas que a gente deve fazer coisas,tipo ler e estudar muito e ah...Entendam amores:é uma fase de transição!Espero compensar minha falta depois!De verdade!
E dia dos namorados vindo aí...mais essa!A lua completamente inspiradora hoje, sim, ajuda a querer uma companhia.Mas minha esperança é a última que morre, afinal:não fui eu quem ano passado arrumou namorado em pleno dia 12 de junho, e com direito à rosas rosas?
risos...
Quero companhia,não presente.Nem namoro,só uma companhia, por um dia,será que é pedir muito em?rsrs
Meninas amo vocês muitão e a foto é pra mostrar isso!
ps:todos mundos viajando na foto!rsrs
E pra finalizar,uma frase que eu acho que é pra mim(narcisista só um pouquinho,ok?):
"Não há nada mais bonito que o seu sorriso e o frio que te faz me abraçar."
tinha que ser Nando...
talvez isso seja lembrança, lembranças boas de passear de mãos dadas...

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Pintrando e bordando na sala de aula...

Aula demais,10 hrs na escola às vezes cansa e vc começa a viajar...

A linguagem erótica na fala inocente

Pegue no meu cálice,
quero ver você quando é citada entre outros!
_______________//_____________________
Pegue no meu...
cale-se
quero ver você quando excitada entre outros!

By:Camila Vaz

kkkkkkkkkkkkkk
não dê idéia às minhas idéias!rsrs

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Para refletir:


“Eu quero criar um palácio real. Não para
glorificar os velhos reis, mas para dizer que
todos os seres humanos são reis. A dignidade de
cada pessoa reside no fato de estar viva. Eu não
estou satisfeito com a interpretação simples e
materialista da vida. Na nossa época
materialista, os elementos do mistério e da alma
foram destruídos (...) e é por isso que eu
embarquei neste conceito antropológico, para
tentar fazer com que as pessoas se conscientizem
de que elas são uma grande forma de vida e a
expressão de suas almas.”
Joseph Beuys


Li essa frase pesquisando Artes Cênicas,
se não me engano Joseph Beuys é formado em Artes Cênicas e mestre em alguma arte...
deculpe não ter toda essa informação a vocês, mas o que eu quero com essa frase é discutir uma conversa minha com um hippie em Dunas de Itaúnas e uma aula de história que eu apaixonei por essa mesma discussão.

Não vou negar que tenho uma cabeça capitalista,nasci no auge do capitalismo,seria radical demais de minha parte não ser.Mas tento ser o mínimo materialista que posso.Mesmo que uma escola particular e o pensamento da maioria das pessoas ao meu redor seja um pensamento muito voltado para a matéria.

É tão importante valorizar a alma,o amigo pelo que ele é,pelo sorriso que ele lhe traz,pela companhia, pela confiança.Mais difícil nisso tudo é quando se pretende apaixonar...Sim!A beleza é importante, a fama é importante, o beijo é importante, tanta coisa importa que a gente demora a lembrar que a companhia, a forma como o contato e a conversa fluem,também é muito importante.
Falar disso parece até fácil não é?
Um clichêsinho básicotodo mundo fala,mas fazer é tão diferente.

Ás vezes se torna fácil pra mim ser eu,eu do meu jeito mais profundo, do meu estilo que mais gosto.Da minha forma de pensar, do vestir, do meu gostar.Mas as pessoas costumam pressionar para que você seja igual,uma mania de ridicularizar o que parece fora dos padrões, até mesmo nossos mais profundos sonhos...Como se fosse fraqueza minha dar valor ao que me faz sentir bem.

Por isso tendo a gostar mais das pessoas ligadas à arte,e não são poucas.Gente que foge dos padrões, que vê valor em tanta coisa,à natureza que é bela demais e nos dá o que mais necessitamos,ao que nossa criatividade nos faz criar e ter exclusividades,o que vem do nosso eu mais interior,e mais um tanto de belezas que pouco enxergamos,beleza naquilo que nem percebemos a grandeza de sua beleza,talvez pelo "acostumar".Claro que não estou tornando perfeito ninguém e nem dizendo que só os artistas são assim.Não mesmo.Só uma questão de maioria,não de generalização.

Espero só que ao ler esse texto,meu,texto que Camila Vaz pensou,não de forma exclusiva:EU pensei, mas em uma junção de experiência,de minha pouca vivência de 17 anos,e de mais um monte de um monte de falas que a gente escuta e que a gente formula e que se unem,para te fazer refletir sobre o que realmente importa pra você,
sobre o que realmente você valoriza,o que você vê como belo,o que você enxerga nas pessoas e como as pessoas tentam te fazer igual a todo tempo...Busque seu diferencial,busque ser você mesmo,mesmo que isso possa ser meio igual a outros,afinal ninguém é exclusivíssimo.O meio influencia não é?

E quero deixar bem claro,que escrevi isso porque tô refletindo sobre isso agora e sobre a minha vida.Porque minha vida não é perfeita e eu não sou desprovida de qualquer materialismo e influência.Só procuro um mundo mais real com "pessoas que são conscientes de que são uma grande forma de vida e a expressão de sua alma" como disse Joseph.


ps:Na foto eu como alfajor-girl,idéia minha,design meu,constrído por mim e claro com a ajuda das meninas do meu grupo.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Nosso Sonho



Já dizia Nando Reis:
"Não foi ontem que eu disse não,mas quem vai dizer tchau?"

Um término?
sim,mas pra sempre é forte demais pra tratar do que um dia já foi maior do que eu pude imaginar!Guardado pra sempre em meu s2 com lembranças muito boas.Afastamo-nos assim de uma forma tão recíproca.Graças a Deus!Não doeu em ninguém!Mesmo que machucasse pensar em um nunca mais.
Afinal meu rei:"Tornar o amor real é expulsá-lo de você pra que ele possa ser de alguém."

O importante é que emoções eu vivi!E você entrou de cabeça nessa comigo!
Foi bom enquanto durou.
E se foi como eu imaginei que iria, um pouco desejei,pra aliviar a dor e pra seguir o meu caminho que por enquanto é oposto ao que me levava a você...


Nosso sonho
Claudinho E Buchecha
Composição: Claudinho / Buchecha

Gatinha, quero te encontrar, vou falar, sou Claudinho, menina musa do verão, você conquistou o meu coração, to vidrado, hoje eu sou, um Buchecha apaixonado.
Naquele lugar, naquele local, era lindo o seu olhar
Eu te avistei,foi fenomenal, Houve uma chance de falar,
Gostei de você quero te alcançar
Tem um ímã que fez o meu hospedar
Nossas emoções, eram ilícitas
Que apesar das vibrações, Proibia o amor em nossos corações
Ziguezaguiei no vira, virou você quis me dar as mãos, não alcançou
Bem que eu tentei, algo atrapalhou a distância não deixou
Foi com muita fé, nessa ilustração,que eu não dei bola para a ilusão.
Homem e mulher, vira em inversão bate forte o coração
Tumultuado o palco quase caiu Eu desditoso, e você se distraiu.
Quando estendi as mãos, pra poder te segurar,já arranhado e toda hora vinha uma,
A impressão que o palco era de espuma.
Você tentou chegar, não deu pra me tocar.
Nosso sonho não vai terminar.Desse jeito que você faz.
Se o destino adjudicar esse amor poderá ser capaz, gatinha.
Nosso sonho não vai terminar.
Desse jeito que você faz. E depois que o baile acabar,
Vamos nos encontrar logo mais.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Teatro


Tá,sei que já escrevi que tenho uma louca paixão por teatro,
mas sabe quando você está sentindo que tem muita coisa por vim.
Tô muito feliz pela ajuda e por tudo o que anda acontecendo.Tipo que o orkut é ótimo pra isso.Quero muito fazer o workshop que me enviaram,mas se for no fds e lá em BH mami tem q deixar neh?
é tenso ser de menor e ser do interior,mas tenho mta paciência,confiança e esperança de que terei minhas oportunidades!
Eu quero muito aprender mais e mais para estar melhor!
Ai,respiro mais aliviada quando falo em teatro,é realmente a paixão que me move!Como quando se pensa em alguém com saudades e expectativas,completamente apaixonada.
E acho que é isso que move a gente e nos faz conquistar!

Quiromancia


é a leitura da mão.
(procurando no site da UOL vc acha como ler a sua)
e lá mostrou isso de mim:
Você é altamente flexível e adaptável a todos os tipos de pessoas ou situações. Tem temperamento instável, é versátil e mutável em seus propósitos. Costuma elaborar muitas coisas e não se especializa em nenhuma. Pode ser considerado(a) o "coringa" em seu trabalho e na família. O que se propõe a fazer, sabendo ou não, faz! Profissionalmente poderá se sair muito bem como professor, recreacionista, gerente de empresa, roteirista, artista plástico ou ator.
Grande imaginação e criatividade, excelente sensibilidade musical e literária, são contemplativas. Também gostam muito de novidades e viagens. Tem a capacidade de absorver as energias dos ambientes e das pessoas de seu convívio. Por esse motivo precisam muito do contato com água, desde a do banho até a do mar. Dessa forma as energias de baixa vibração são descarregadas

Necessidade muito grande dos prazeres da vida, como conforto e comodismo, principalmente. É muito emotivo e sensível

muita intuição e tendência a dedicar-se a atividades filantrópicas.Facilidade na vida financeira.Amor pela arte, alegria, atração pelos prazeres da vida e também muita simpatia.: Tendência a não se valorizar. Nesta fase deve-se reagir contra qualquer pensamento voltado à baixa estima.Nobreza de caráter, ambição, vontade de dominar e orgulho

indivíduo normal, com leve dependência emocional e apego ao conforto e comodidade, nada exagerado.


aiai...estudando melhor esse jeito Camila de ser...



ps:foto de bobeira mesmo pq naum tem nada a ver quadrilha com quiromancia!
uhasuhasuhuashuhasuhasuhhuas